
Sim amigos, teremos a Parte II do artigo Ética no mercado MICE, e o que era para ser "Filme" pode virar "Série"!
O volume de comentários e feedbacks recebidos mostrou que de fato precisamos ir fundo no conceito.
É sempre mais fácil julgar a ética ou falta dela no comportamento do outro do que no nosso e para exemplificar essa afirmação usarei "cases" que vivenciei ou que chegaram a mim por seus protagonistas após a publicação do artigo Parte I.
Vamos lá:
Case 1
Banda conhecida e reconhecida por sua qualidade e potencial de animar qualquer evento recebe 3 pedidos de orçamento, de 3 agências diferentes, todos para atuar no mesmo evento atendendo ao mesmo cliente.
Mantendo sua ética profissional a banda envia o mesmo orçamento às 3 agências, sem favorecer em preço nenhuma delas e deduz que a probabilidade de fechar o job é grande. Cria-se a expectativa.
O que acontece então: a data do evento se aproxima e nenhuma resposta chega, nem positiva, nem negativa! O líder da banda faz follow up com todas as agências afinal a apresentação exigirá dele providencias que precisam de certo tempo para serem executadas e mesmo assim nada acontece, silencio total, nenhuma resposta, nem positiva, nem negativa.
Reflexão: é ético não dar retorno a fornecedores, sejam eles uma banda conhecida ou uma empresa de limpeza? Isso também não é assédio moral corporativo?
Como Meeting Planners não somos capazes de entregar nosso trabalho sem nossos preciosos fornecedores, então porque ainda os tratamos tão mal?
O respeito que se espera deve ser o mesmo que se entrega, afinal ser cliente ou fornecedor é uma questão de perspectiva.
Case 2
Evento de alto custo de inscrição, promovido por 2 empresas renomadas com enorme respeitabilidade no mercado e direcionado a executivos e empresários.
Expectativa de quem se inscreve: alto nível em tudo, organização, material, conteúdo com compartilhamento de boas práticas, estratégias, metodologias de sucesso e comportamento ético, claro!
Tudo ia bem até que de repente surge na tela um vídeo conhecido que de tão bom que é também tem sido usado por mim nos meus próprios eventos.
Assisto encantada à apresentação e observo que o uso das palavras para fazer a analogia entre o vídeo e o papel do líder são as mesmas que uso e que a conclusão final igualmente é a mesma.
Coincidência?
Não amigos, estas palavras foram publicadas no LinkedIn em Julho de 2018 por um profissional que sigo e admiro, ou seja, tornarem-se publicas desde este dia.
Qual o problema então? Propriedade Intelectual, Direitos Autorias e Ética!
Ao apresentar o vídeo a primeira informação que passo é o crédito ao autor, inclusive com sua foto e link de perfil. Acredito que tudo que é bom deve ser compartilhado mas jamais conseguiria fazê-lo sem mencionar o autor.
Fiquei até o final da apresentação esperando pelos créditos, tinha certeza de que eles viriam pois minha admiração pelas empresas e profissionais envolvidos não me permitiam esperar menos, que decepção eu tive quando não vieram.
Triste não?? Sei que sou do tipo super sensível e que decepção pode ser um sentimento forte para o mundo corporativo, mas foi assim que me senti.
Acredito verdadeiramente na transparência como base das relações.
Acredito verdadeiramente que podemos ter um mundo, um país, um mercado MICE mais ético.
E principalmente acredito que fazer isso acontecer só depende de cada um de nós.
Vamos Juntos?
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